23 março, 2011

Uern vive situação de calamidade financeira


Deu no Correio da Tarde- Por Elizangela Moura


A Uni­ver­si­da­de do Es­ta­do do Rio Gran­de do Norte (UERN) está vi­ven­cian­do esse ano de 2011, sua pior crise financeira dos últimos tempos.

Li­nhas te­le­fô­ni­cas bloqueadas, for­ne­ce­do­res com pa­ga­men­tos atra­sa­dos, di­fi­cul­da­des para rea­li­za­ção de via­gens em vir­tu­de da falta de com­bus­tí­vel nos veí­cu­los, fazem parte da rea­li­da­de da Uern para esse ano. " O atual go­ver­no está pe­gan­do pe­sa­do com a uni­ver­si­da­de, um ver­da­dei­ro des­ca­so. A go­ver­na­do­ra rea­li­zou di­ver­sos cor­tes no or­ça­men­to, que está atin­gin­do a todos os se­to­res da Uern", disse in­dig­na­do com a si­tua­ção, o pro­fes­sor Flau­bert Tor­qua­to, pre­si­den­te da As­so­cia­ção dos Do­cen­tes da UERN (ADUERN), que esteve hoje pela manhã na redação do COR­REIO DA TARDE.

De acor­do com Flau­bert Tor­qua­to, o or­ça­men­to 2011 da Uern, que foi en­via­do a go­ver­na­do­ra Ro­sal­ba Ciar­li­ni, foi da soma de R$ 14,2 mi­lhões. No en­tan­to, foram fei­tos vá­rios cor­tes, e o "go­ver­no des­ti­nou para nossa ins­ti­tui­ção so­men­te 6 mi­lhões de reais, ou seja, menos da me­ta­de do que se tinha pre­vis­to para esse ano, um ver­da­dei­ro ab­sur­do", reclamou.

Se­gun­do ex­pli­cou o pre­si­den­te da Aduern, o or­ça­men­to da uni­ver­si­da­de é com­pos­to por três par­tes: Cus­teio ( que são va­lo­res des­ti­na­dos a te­le­fo­ne, água, ener­gia elé­tri­ca, com­bus­tí­vel, ma­te­rial de ex­pe­dien­te e lim­pe­za), In­ves­ti­men­to (que diz res­pei­to a cons­tru­ções e equi­pa­men­tos) e a folha de pes­soal.

Para in­ves­tir em cus­teio du­ran­te todo o ano de 2011, a uni­ver­si­da­de so­li­ci­tou R$ 14,2 mi­lhões, onde a As­sem­bleia Le­gis­la­ti­va apro­vou so­men­te R$ 9,6 mi­lhões de reais. "E para pio­rar a si­tua­ção, o Go­ver­no rea­li­zou um corte de mais 30 por cento, res­tan­do so­men­te R$ 6,7 mi­lhões", jus­ti­fi­cou Flau­bert, acres­cen­tan­do que di­vi­di­do esse valor para o ano, a Uern fica com R$ 558 mil por mês para ad­mi­nis­trar e man­ter o cam­pus cen­tral em Mos­so­ró, seis campi avan­ça­dos (Assu, Patu, Pau dos Fer­ros, Natal, Caicó e Apodi), além de 12 nú­cleos es­pa­lha­dos por todo Es­ta­do.

Com re­la­ção ao in­ves­ti­men­to, foi so­li­ci­ta­do pela Uern, o valor de R$ 22,1 mi­lhões, onde desse total, R$ 5 mi­lhões foram apro­va­dos pela AL e com o con­tin­gen­cia­men­to so­bra­ram ape­nas 3,5 mi­lhões de reais. Para a folha de pa­ga­men­to, ainda de acor­do com dados di­vul­ga­dos pelo pre­si­den­te da ADUERN, abran­gen­do o cres­ci­men­to ve­ge­ta­ti­vo (mu­dan­ças de ní­veis, clas­se, con­quis­tas de de­di­ca­ção ex­clu­si­va) e a po­lí­ti­ca sa­la­rial ( cum­pri­men­to do plano de car­gos e sa­lá­rios dos ser­vi­do­res) foram so­li­ci­ta­dos R$ 175,8 mi­lhões, sendo que so­men­te R$ 141,6 milhões foram apro­va­dos.

Para o pre­si­den­te da Aduern, "o que a go­ver­na­do­ra Ro­sal­ba Ciar­li­ni está fa­zen­do com a Uni­ver­si­da­de do Es­ta­do do Rio Gran­de do Norte é algo que não tem ex­pli­ca­ção, não tem jus­ti­fi­ca­ti­va. Ao invés de am­pliar os re­cur­sos para a ins­ti­tui­ção, ela vem fa­zen­do cor­tes ex­tre­mos , pre­ju­di­can­do a qua­li­da­de do en­si­no na Uern, onde exis­tem campi que não tem se­quer água para beber, como é o caso de Patu", disse Flau­bert Tor­qua­to, acres­cen­ta­do que está mo­bi­li­zan­do toda a so­cie­da­de e en­ti­da­des re­pre­sen­ta­ti­vas de se­g­men­tos da UERN, no sen­ti­do de sen­si­bi­li­zar a go­ver­na­do­ra Ro­sal­ba Ciar­li­ni, mos­tran­do a ne­ces­si­da­de de "cor­ri­gir esse erro, essa si­tua­ção in­de­se­ja­da e ex­tre­ma­men­te pre­ju­di­cial para nossa uni­ver­si­da­de", fi­na­li­zou.



Postado por Fabiano Maia

Um comentário:

  1. Que situação essa da nossa universidade pois o compus de Pau do Ferros CAMEAM está vivendo a mesma situação. Entre os problemas destacados estão: a falta de água potável, falta de ar condicionados ou ventiladores o que está prejudicando no aprendizado dos discentes por causa do calor insuportável, falta de água nos banheiro, falta de verba para viagens de campus, telefones cortados, entre outros diversos problemas. Essa é a situação em que se encontra a instituição que traz em sua identificação o nome do estado do Rio Grande do Norte.

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