O deputado Henrique Eduardo Alves me contou a luta para manter Elias Fernandes na direção geral do DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra as Secas.Primeiro, foi o PT que tentou ficar com o cargo. Os senadores eleitos Humberto Costa (PE), Wellington Dias (PI) e o deputado José Pimentel (CE) pressionaram a presidenta Dilma Rousseff sob o argumento de que o órgão deveria ser ocupado por um quadro do PT nordestino.
Henrique Alves disse que conseguiu barrar a investida dos petistas junto ao ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, argumentando que o PMDB já havia perdido o Ministério da Integração Nacional e vários de seus órgãos, como a Codevasf e Chesf.
Depois foi a vez do PSB via o governador do Ceará, Cid Gomes, já que o Ministério da Integração Nacional está com o partido. Nada feito. Palocci manteve a palavra para Henrique.
Cid Gomes não se deu por satisfeito. Entendendo que o DNOCS é um órgão muito ligado ao Ceará - a sede fica em Fortaleza e passou mais de 40 anos sendo dirigido por um cearense -, o governador tentou indicar um nome do senador eleito Eunício Oliveira, do PMDB.
Mais uma vez Henrique foi a Palocci e apelou para que o DNOCS continuasse nas mãos do PMDB do Rio Grande do Norte, como único espaço do Estado no segundo escalão do Governo Federal. Palocci concordou.
Em retribuição à gentileza do ministro Palocci, o líder do PMDB deu aval à permanência do petista Mário Augusto Lopes Moysés na presidência da Embratur, segundo cargo de maior importância no Ministério do Turismo, pasta da cota do PMDB. Uma mão lavou a outra.
E assim Henrique Alves conseguiu manter o ex-deputado Elias Fernandes na direção geral do DNOCS, órgão de somas vultosas do Orçamento da União.
fonte nominuto.com
por Xavier Neto
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