Mais uma vez os médicos que atendem pela rede estadual de saúde decidiram decretar greve. Os serviços devem ser suspensos a partir das 7h desta quinta-feira (24), com a paralisação dos principais serviços das unidades de saúde. Deve funcionar apenas o atendimento de urgência e emergência.A medida foi adotada como forma de pressionar o Governo do Estado, que prometeu a revisão do Plano de Cargos e Carreira, e reajuste salarial à categoria. O aumento tinha sido acordado ainda no início de abril, quando a então governadora Wilma de Faria sancionou o projeto de lei. Uma parcela do reajuste seria concedida a partir do pagamento de junho, enquanto a segunda, em setembro.
De acordo com o presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira, há a informação de que existem duas folhas preparadas pelo governo, uma com o reajuste acordado para a folha de julho e outra sem esse reajuste, o que inviabilizaria o pagamento dos salários, conforme o acordo que levou ao fim da greve deflagrada em meados de fevereiro e terminada em 9 de março.
A mobilização da categoria médica em torno do problema começou depois de declarações, feitas por membros do Governo, a respeito da possibilidade de que reajustes salariais acordados com várias categorias poderiam não ser efetivados na data prevista, devido à ultrapassagem do limite prudencial do orçamento do Executivo.
O presidente do Sinmed ainda informou que os servidores vão cumprir a lei de greve, atendendo apenas 30% dos pacientes de urgência na rede estadual de saúde pública e vão tirar os plantões, mas não prestarão atendimento das AIHs, as chamadas Autorizações de Internamento Hospitalar.
Uma nova assembleia dos médicos está prevista para ocorrer na quarta-feira (23), às 19h30, para decidir sobre a continuidade do movimento.Fonte:Nominuto.
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